Escrito por Julio César de Sá Roriz
É, atualmente, a marca do Centro Espírita Tarefeiros do Bem, que também significa acolhimento e despertamento dos espíritos que nos procuram nos dois planos da existência, material e espiritual.
A nossa característica se faz presente através de nossas atuações doutrinárias e administrativas: na boa maneira de tratarmos o que chegam aflitos e sobrecarregados e na relação saudável mantida entre os trabalhadores da Casa.
Acolher e despertar são o binômio inseparável de nossa atuação terapêutico-doutrinária, a ação cristã-espírita falando mais alto que nossas palavras. E isto, paralelamente ao constante estudo das obras de Kardec e obras subsidiárias, sempre na busca da coerência doutrinária.
Somos uma associação civil sem fins lucrativos, de caráter religioso que tem como propósito maior a divulgação e a prática do espiritismo.
Possuímos um histórico: experiências coletivas bastante amplas, constantemente estruturadas na busca de um espaço físico para bem funcionarmos e de um espaço doutrinário no Movimento Espírita, sem perdermos a nossa singularidade. Conseguimos isto, somente em 2013, ou seja:15 anos após a fundação da IETB.
Eis, ao lado, a foto do primeiro embrião. Registro de uma reunião informal do grupo que estava disposto à realizar uma tarefa socorrista denominada PASSE AQUI, que ocorria todos os dias da semana, às 6h30min da manhã, para o atendimento ao trabalhador comum da sociedade, aquele que carecia ouvir o Evangelho Segundo o Espiritismo, antes mesmo de ir para o labor diário.
Eram 25 trabalhadores, cinco em cada dia da semana, preparando a atividade socorrista, que aconteceu durante o ano de 1995. Esta equipe precisou de um preparo de 8 meses, para apurar o conhecimento doutrinário, nivelar conhecimento e prática do passe espírita e, principalmente, bem receber os trabalhadores. O C. E. Seara Fraterna registrou em suas Atas e o semanário SEI noticiou.
Estávamos todos no Centro Espírita Seara Fraterna. Resolvemos, então, começar uma nova instituição espírita para que pudéssemos, nela, manter um sentido mais coletivo das decisões, com a menor escala decisória possível, desburocratizada e, ao mesmo tempo, buscando fazer foco na convivência entre os próprios irmãos de ideal. Para que isto fosse possível, constituímos algumas pequenas células de possibilidades doutrinárias aos que estivessem dispostos a servir ao próximo de modo desinteressado, à luz do espiritismo.
Durante nossos trabalhos doutrinários, fomos crescendo a quantidade de trabalhos e, aos poucos, fomos também constituindo slogans que, por si mesmos, demonstravam o estágio em que nos encontrávamos no desenvolvimento de nossa Casa Espírita. O primeiro foi: "“É bom estar aqui!"”; depois, passou a ser: “"Se a Casa Espírita for boa para nós; será boa para os que nos procuram!"”; e, por fim: “"Você também faz parte desta família!"”. Estas frases ficaram estampadas nas salas de conferências, por onde passaram muitas pessoas na divulgação do Espiritismo na sua fonte kardequiana.
Com o tempo, passamos a perceber que, se não tomássemos cuidado, alguns incautos poderiam confundir a seriedade singela e a educação com negligência. Começamos, então, a proceder com maior rigor no aprofundamento doutrinário e nos treinamentos dos coordenadores das atividades doutrinárias. Afastamos de vez qualquer aproximação de atividades equivocadas, que pudessem nos confundir com um clube de recreação; um consultório de psicologia ou de psiquiatria; uma casa que só poderia ser dirigida por psicólogos espíritas; uma universidade de ensinos de conteúdos espíritas.
Deste modo, marcamos significativamente o nosso território: firmamos a nossa maneira de ser dentro da seara espírita, de acordo com o o que kardequiano, de modo tal que, o nosso como também pudesse ser coerente com o nobre o que doutrinário.
A assinatura da ata de fundação da IETB.
A busca de uma sede.
A captação de recursos humanos para a tarefa espírita.
Há marcas do tempo: um histórico de passagens memoráveis, tais como:
Depois de longos anos de funcionamento informal em CIEPs, escola particular, residências e lugares diversos, a IETB firmou-se no endereço Rua Voluntários da Pátria, 185, fundos, e depois também na sala 302, em Botafogo.
Alugados em nome da Coordenadora de Administração e Controle da IETB (Gilka de Sá Roriz) que utilizava de seu prestígio pessoal e de sua vantajosa situação profissional para conseguir, para IETB, a viabilização do aluguel no citado imóvel.
Firmado o documento particular de uso, Gilka emprestando-nos este espaço para uso exclusivo da IETB, com autorização do proprietário. Ela bancou por muitos anos as despesas que ultrapassaram as nossas reservas, reservas essas que foram utilizadas até acabar e que foram arrecadadas nas peças teatrais que havíamos encenado.
Tínhamos, à época, uma restrita estrutura administrativa, era tudo muito compatível com a precariedade das instalações físicas que, apesar de pequenas, nos deram a oportunidade de nos desenvolvermos nas áreas doutrinárias mais significativas que, até hoje, estão em funcionamento na nova sede da Rua Mena Barretro, 110, em Botafogo.
Nesta necessária peneirada na captura de trabalhadores com potenciais para o serviço do bem e com valores morais, colhemos grandes amigos trabalhadores que até hoje estão conosco na tarefa do espiritismo. Destacaram-se aqueles que podiam, depois de longo e planejado treinamento, servir nas coordenações doutrinárias da Casa. Destes, surgiram os líderes, aqueles que possuíam condições de ombrear conosco como coordenadores gerais de serviços coletivos.
Assim, nós funcionamos, como se fôssemos, na verdade, um amplo centro de treinamento de trabalhadores do bem. Criamos, então, o primeiro matricial coordenativo, tendo como eixo as seguintes coordenadorias na IETB:
Coordenador Geral de Doutrina ( Julio Cesar de Sá Roriz), Coordenador Geral de Treinamento e Capacitação de Tarefeiros (Ana Tereza Camasmie), Coordenador Geral de Administração e Controle ( Gilka de Sá Roriz).
Como apoio administrativo e financeiro da organização, tínhamos um pequeno comitê de Tarefeiros que, estatutariamente, homologavam as decisões dos três coordenadores gerais da IETB. Este Comitê era composto dos coordenadores gerais acima e era suplementado pelos seguintes associados efetivos: Eunice Silveira Sá Roriz, Angela Pierina Saddy, Ana Rosa Galego Corrêa, Guilherme Corrêa, Maria Arlette Saddy e Neide Moscatel.
A IETB - Instituição Espírita Tarefeiros do Bem foi a matriz do TAREFEIROS - Centro Espírita Tarefeiros do Bem. Durante 15 anos, a IETB prestou serviços doutrinários à comunidade, através de reuniões sérias e instrutivas que abrangeram os seguintes âmbitos:
Reuniões Públicas, Reuniões Mediúnicas. As Atividades de Autoconhecimento à luz do Espiritismo, peças espíritas e Eventos que foram realizados em diversos locais públicos, auditórios e teatros, dentro e fora da capital do Rio de Janeiro.
Não mais reuniríamos em residências, escolas emprestadas. Tudo, graças ao bom gosto da Danielle, a assessoria jurídica de Diana, o “mestre de obra” Jader, a presença financeira da Gilka, a disposição pedagógica de Ana Tereza e a nossa Visão de porvir doutrinário.
Com o tempo, outros espíritas foram chegando e algumas saindo...
Com a saída espontânea de Ana Rosa e seu marido Guilherme Corrêa, ambos abriram mão da condição de associados efetivos e fundadores da IETB ( havia outro fundador Francisco Barros que fez o mesmo, um pouco antes). IETB permaneceu com um pequeno número de associados efetivos que sempre funcionou como Comitê, estatutariamente autorizado a homologar as decisões das três coordenadorias administrativas e doutrinárias da IETB.
IETB encerrou sua trajetória e agora é Centro Espírita Tarefeiros do Bem.
Após 15 anos de trabalho ininterrupto na divulgação do espiritismo, segundo as obras básicas codificadas por Allan Kardec, este Comitê e os três Coordenadores Gerais da IETB – a esta altura ajudados por um grupo de novos trabalhadores espíritas que, sistematicamente, cooperou nas diversas tarefas e coordenações de atividades doutrinárias, resolveu criar uma nova organização espírita, com novo nome, pelas seguintes razões:
1.Descobrimos que a logo IETB já tinha outros proprietários, com marca registrada em diversos ramos comerciais e religiosos ( fábricas, associações evangélicas etc).
2. O estatuto estava completamente ultrapassado, carecendo reformulação tão completa, que não cabia mais realizar revisões. Resolvemos criar um novo estatuto, dentro dos rigores das novas leis que regem as movimentações administrativas e financeiras no mundo digitalizado de hoje. Queríamos, também, que a administração da Casa Espírita pudesse contemplar os novos Tarefeiros com amplos espaços de ação, no âmbito doutrinário e financeiro.
3. Com o aparecimento da nova sede (mudança para prédio maior na rua Mena Barreto 110, Botafogo), com mais amplas possibilidades de desenvolver-se atividades com maior público, com uma nova administração ( com novo regimento Interno, totalmente atualizado às novas atuações das reuniões doutrinárias e administrativas da Casa) e com os novos membros do Comitê (23 espíritas que são os primeiros Associados Efetivos), não havia mais como permanecer nas estreitas perspectivas decisórias, em que eram contempladas as decisões regidas pelo antigo estatuto da antiga IETB.
4. Foram abertas aos novos novos administradores espíritas ( todos trabalhadores do bem da Casa) mais outros poderes, sempre compartilhados na decisão e no controle das finanças, que por sua vez cresceram vertiginosamente. As novas atuações doutrinárias exigiram mais treinamentos e todas as atividades da Casa entranhadas com a ética e com o interesse de manter a Casa e a Causa bem equilibradas. Sempre dentro dos princípios legais, estatutários e doutrinários a nova administração e o corpo de coordenadores doutrinários da casa se fundiram num só modo de ser.
A IETB ficou para trás, como as pegadas deixadas na areia, depois das experiências adquiridas que não se perdem jamais.Tarefeiros, como fruto desta experiência, assim, abriu ao Movimento Espírita um maior âmbito de serviços de ajuda ao próximo.
Durante 8 anos, realizamos reuniões doutrinárias da IETB, na Voluntários da Pátria, 185 fundos e sala 302. Capturamos, neste período, uma verdadeira “massa crítica” de trabalhadores do bem que foram chegando e foram se capacitando, agregando esforços no sentido de manter a nossa Casa Espírita no seu ideal de bem servir à população.
Havia uma advogada, amiga, irmã e espírita, diretora do CE Seara Fraterna, Diana Neves de Farias que, acompanhada de seu marido e, também, diretor do Seara fraterna, Jader Farias, tornou-se uma grande colaboradora da IETB. Ambos assinaram as atas de Fundação da IETB, recepcionando-nos em sua própria residência para execução deste ato inicial da organização, sem fins lucrativos, que aparecia para o mundo em 05 de fevereiro de 1997. O casal, portanto, foi também fundador, reunindo em seu lar os primeiros membros do COMITÊ para a assinatura da primeira reunião formal da IETB.
A filha de Jader e de Diana, Danielle Neves de Farias, também assinou a primeira ata como secretária da reunião e ela foi a arquiteta que realizou, juntamente com o pai, o projeto e a execução da obra de adaptação e reforma da sede da Rua Voluntários da Pátria 185, fundos. A nossa sala ficou linda.